Bula da Profarma indica a venda do controle

  • 9/04/2015
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Firmar-se como um consolidador do varejo farmacêutico – e, desta forma, dar continuidade a uma saga iniciada há mais de cinco décadas – ou aproveitar uma oportunidade de ouro para vender o negócio da família e colocar um caminhão de dinheiro no bolso? Para muitos, esta poderia ser uma Escolha de Sofia, mas, ao que parece, não é o caso de Sammy Birmarcker, herdeiro e presidente da Profarma. Segundo fontes próximas ao empresário, Birmarcker está cada vez mais seduzido pelo canto de uma sereia chamada AmerisourceBergen. Dono de 20% da Profarma, o grupo norte-americano está disposto a abrir o cofre para assumir o controle da empresa e fincar definitivamente sua bandeira no mercado brasileiro. Estima-se que a operação possa chegar perto de R$ 1 bilhão. Procurada pelo RR, a Profarma não quis comentar o assunto, mas informou que “qualquer fato relevante será de conhecimento público”. A venda da Profarma – uma das grandes distribuidoras de medicamentos do Brasil e dona de 130 farmácias sob as marcas Drogasmil, Farmalife e Tamoio – é uma operação razoavelmente intrincada. Depende de um acordo entre os quatro principais acionistas – além de Sammy, o bloco de controle é composto pelo fundador da empresa, Manoel Birmarcker, sua esposa, Cacilda, e a outra filha do casal, Deborah. De todos, o patriarca seria o mais hostil a  negociação com os norte-americanos. No entanto, a resistência de Manoel Birmarcker parece ser um muro poroso, como indica a própria venda de um quinto do capital para a Amerisource- Bergen, no ano passado. A negociação do controle livraria os Birmarcker de ter de pedalar o crescimento da Profarma em um mercado de escalas cada vez mais inalcançáveis. Não custa lembrar que, no ano passado, a família chegou a negociar a fusão da Profarma com a Brasil Pharma, do BTG. A associação, no entanto, esbarrou nos desacertos, equívocos estratégicos e crescentes prejuízos da operação farmacêutica de André Esteves.

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