Vard Promar é o estaleiro da discórdia

  • 13/10/2014
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O mar não está para peixe na Vard Promar, estaleiro localizado no complexo portuário de Suape (PE). Os desentendimentos societários batem com força cada vez maior no casco da companhia. De um lado, a italiana Fincantieri, acionista majoritária, com 51%; do outro, a PJMR Empreendimentos, dona do restante do capital. O sangue do Vêneto parece ter subido a  cabeça. Diante dos atritos, relacionados, notadamente, ao plano de investimentos e a  partilha dos valores, a Fincantieri tem pressionado a PJMR a vender sua participação e pular fora do barco. Para os italianos, ao que tudo indica, vale a velha máxima “Antes só do que mal acompanhado”. Esta não seria a primeira vez que a Fincantieri tenta ejetar o sócio do estaleiro. Em 2012, quando comprou o controle mundial da STX OSV e herdou a participação no Vard Promar, o grupo italiano teria se movimentado para comprar as ações da PJMR, mas as conversas não avançaram. A Fincantieri quer usar o estaleiro pernambucano como base para a compra de ativos no país e considera que a PJMR não tem fôlego para acompanhar seu ritmo. Segundo fontes próximas a  companhia, os europeus reservaram o equivalente a R$ 2 bilhões para investimentos no Brasil. Deste montante, cerca de R$ 400 milhões já estão carimbados com o nome da Vard Promar. A carteira da empresa soma R$ 1,5 bilhão em pedidos, entre os quais oito navios gaseiros para a Transpetro.

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