Takeda tem a receita certa para o Cristália

  • 13/06/2014
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Que remédio resta a um empresário de quase 80 anos, sem herdeiros e com a possibilidade de colocar uma bolada no bolso a não ser vender seu negócio e se entregar a uma próspera aposentadoria? Esta é justamente a aposta da Takeda. A farmacêutica japonesa vem mantendo conversações para a compra do laboratório Cristália, controlado por Ogari Pacheco. Procurada, a Takeda negou a operação. No entanto, segundo um interlocutor de Pacheco, já há, inclusive, valores sobre a mesa: a pedida do empresário gira em torno de R$ 1 bilhão. O Cristália é visto pelos congêneres como a pequena notável do setor. Há boas miligramas de provocação no elogio. A concorrência sempre se perguntou como uma farmacêutica de menor porte tornou-se a campeã de PPPs na área de saúde. Os sucessivos acordos com laboratórios estatais elevaram o Cristália a um novo patamar. Nos últimos anos, a companhia notabilizou-se pelo elevado volume de patentes desenvolvidas – talvez só superado pelo número de aliados que Ogari Pacheco conquistou entre os mais diversos partidos políticos. Para o Takeda, a compra do Cristália significaria seu segundo grande salto no Brasil em menos de três anos – o primeiro veio com a aquisição mundial do controle da suíça Nycomed, em 2011. Os japoneses duplicariam sua receita no país, chegando próximo dos R$ 3 bilhões.

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