T4F e Dream Factory ensaiam um concerto societário

  • 25/02/2014
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 O setor de entretenimento vive um período heavy metal. Além da redução da fatia da IMX, de Eike Batista, no Rock in Rio, e a consequente chegada da norteamericana SFX, outra sonora operação está prestes a subir ao palco. A T4F, do empresário Fernando Alterio, e a Dream Factory, do próprio Roberto Medina, ensaiam uma associação. O script passa pela criação de uma terceira empresa, com o capital dividido meio a meio. Com um faturamento consolidado da ordem de R$ 600 milhões, esta nova companhia assumiria boa parte dos eventos e projetos pendurados nas prateleiras da T4F e da Dream Factory, entre os quais os festivais de música Lollapalooza, Sónar e, acima de tudo e de todos, o Rock in Rio, reforçado pelos recursos da SFX. Procurada, a Dream Factory negou a operação. Esta não é a primeira vez que as duas empresas negociam uma parceria. Há cerca de três anos, T4F e Dream Factory chegaram a conversar sobre uma possível associação. a€ época, no entanto, o show não chegou sequer a  segunda música. As tratativas desafinaram diante da pretensão de Fernando Alterio de ser o acionista majoritário da operação. A intransigência do empresário se baseava nos números das respectivas empresas: a T4F fatura quase três vezes mais do que a Dream Factory. Não obstante a diferença de tamanho entre as companhias, Alterio estaria disposto a dividir o controle e a gestão do negócio com os Medina. Neste caso, ele joga as fichas no potencial de crescimento da Dream Factory e, sobretudo, no prestígio e na expertise de Roberto Medina. Esta parece ser uma aposta bem mais segura do que alguns dos projetos tocados pela T4F nos últimos anos, operações que pareciam ser um puro-sangue e, ao fim do páreo, se revelaram pangarés. O caso mais emblemático foi o da vinda ao Brasil da cantora Lady Gaga. Os prejuízos até hoje ecoam nas contas da T4F. Alterio também enxerga a associação com a Dream Factory como um movimento estratégico de defesa, diante da crescente concorrência no setor. Quem mais lhe incomoda, neste caso, é a Planmusic, que pertencia a  Traffic, de J. Hawilla, e foi vendida no fim de 2013 para o fundo de investimento Atico.

#Eike Batista #J. Hawilla #T4F #Traffic

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